Youssef EL HABACHI
No mundo das literaturas de língua francesa, as obras subsarianas percorreram um longo caminho desde a negritude até à migritude, com sucessivas gerações de escritores a ancorarem uma estética original no repertório literário universal. De facto, de 1930 até à proclamação da independência, a escrita subsariana nunca deixou de evoluir paralelamente às mudanças geopolíticas do mundo, quer em termos de forma, quer de temas. Ao debruçar-se sobre o romance africano de migração, esta tese levanta questões importantes sobre a originalidade da escrita subsariana e as suas configurações estéticas em termos de identidade, de guião e de cultura. Parece agora que, nas suas experiências de imigração permanente, os romancistas da migritude levantam questões modernas de identidade, cultura e intercâmbio com o Outro.